terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

Adianta reclamar em página de rede social?
Senhores, sinceramente, não adianta reclamar em página de vagas, isso só mostra fraqueza para quem contrata( isso mesmo, o contratante utiliza tais páginas como filtro na hora de contratar) e prejudica muitas vezes os administradores que muitas vezes nada ganham para divulgar as vagas.
O que devemos fazer é cobrar uma postura da Ordem dos Advogados do Brasil. Vá ao órgão da entidade em sua cidade ou entre em contato por telefone, e-mail, o que for.
Essas exigências absurdas só ganham mais força porque nós só reclamamos nos lugares errados. É preciso brigar com inteligência, é preciso saber atacar onde se sabe causar um real dano, ou seja, na OAB. Parem de criar casos em páginas de vagas e comecem a fazer barulho em nossa entidade de classe.
Tais denuncias não são levadas a diante por serem tão poucas e por isso consideradas isoladas, mas se começarmos a denunciar mais, a entidade não poderá se mantar inerte sobe alegação de desconhecer tais práticas.
Se queremos mudanças, comecemos por nós mesmos, nos educando a reclamar nos locais certos.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Vagas e Oportunidades

Como o meu maior interesse é tornar esse blog um canal não só de vos, mas de vagas inclusivas, gostaria de abrir esse canal para para que todos os que tenham vagas postem aqui.
As vagas podem ser de qualquer lugar da Federação, desde que, seja uma vaga inclusiva, uma vaga que abra portas de fato.
Se você tem essa oportunidade, esse é o seu canal.
Desde já, fica proibido todo e qualquer tipo de agenciamento. Toda e qualquer vaga aqui divulgada deve ser postada de forma gratuita.
Não é permitida a divulgação de dados pessoais, mantenha-se em segurança sempre!!
Peço para aqueles que aqui forem divulgar suas vagas, deixe como meio de contato e-mail.
Em caso de dúvidas, encontro-me a disposição através do e-mail dracristitianesnitolo.adv@yahoo.com.br
Por hora é isso pessoal.

O que você está fazendo para que haja uma advocacia mais inclusiva?
 Vejo muitos bacharéis, estagiários e até mesmo advogados reclamando de exclusão, do elitismo das vagas, mas poucos vejo tomar uma atitude, se engajar de fato na defesa dos direitos dos advogados, estagiários e bacharéis.
O que mais vejo nas redes sociais são reclamações de que a OAB não fiscaliza, de que os novos advogados estão aceitando ganhar abaixo do que a categoria realmente deveria ganhar, estagiários dizendo que cada vez mais o acesso aos escritórios estão diminuindo, etc.
Mas o que você realmente está fazendo pra mudar isso? Como acha que pode fazer a diferença?
O que você precisa é simplesmente sair do conformismo e dar voz a sua insatisfação, buscar os seus direitos.
Não adianta reclamar em rede social de forma esparsada e esporádica, tem que se reunir , fazer uma petição, fazer um "barulho" organizado, mostre o quanto a mudança se faz necessária.
é muito fácil pessoas acharem que são vítimas, se vitimarem, mas não se movem, esperam sempre um salvador, alguém que brigue por elas. Esse alguém existe e é você, se você quer a mudança aconteça, faça mais do reclamar.
Esse canal foi criado com o intuito que você advogado, bacharel, estudante, você que é do Direito tenha vez e voz. Não há aqui qualquer conotação política, há tão somente o desejo ver a mudança acontecer e se não começarmos por nós mesmos, nada será feito.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Por qual motivo você não é contratado por um escritório de advocacia?
O motivo de muitos não serem contratados é que os escritórios querem pessoas com experiência, mas experiência em que? Em teoria? Como adquirir experiência, se o estágio que deveria ter esse condão, já exige a bendita experiência?
Os escritório modelos das faculdades não comportam todos os alunos, os Órgãos Públicos, muito menos. Não há vagas, não há espaço para se adquirir experiência.
Cada vez mais surgem novos cursos de direito, o que vem abarrotando e sufocando o mercado.
Muitos fazem questão de frisar a sua preferência por certas faculdades.
A grande questão é? O conhecimento se mede pela faculdade? Ou só o status importa?
Quem faz uma faculdade de baixo status tem que lutar duas vezes mais, pois precisa provar que é tão capaz quanto qualquer outro de faculdade de alto status.
O conhecimento não deve ser medido apenas por onde você estudou, mas por seu comprometimento e desempenho.
Em tempos de mudança, a advocacia precisa se reinventar, precisa se adequar a novos precitos e o preconceito não cabe em uma entidade que visa defender um direito.
É como se disse: " faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço."
Como é que se pode defender um direito alheio quando nos bastidores se pratica o preconceito, preconceito étnico, preconceito contra condição social, afinal nem todos os estudantes de direito nascem em berço de ouro, nem todos podem pagar por um curso de inglês. Preconceito com esteriótipos de beleza, uma perfeição que não existe em um mundo imperfeito.
Está na hora de cobrarmos de nossa entidade de classe, mais apoio e menos omissão.
 Visitando a página da OAB/SP(http://www.oabsp.org.br/), coisa que faço diariamente, não vejo assuntos relacionados a fiscalização e punição para escritórios que promovem esse tipo de exclusão.
Se na seção da OAB de sua cidade tiver qualquer assunto relacionado, contra pra gente. Esse é um canal que visa a transparência. Da mesma forma convido a OAB a se pronunciar sobre o tema e nos dizer o que tem feito para acabar, para coibir tal prática.
Por hora é isso doutores.
Advocacia Inclusiva já.
O objetivo deste blog é buscar uma advocacia mais inclusiva, uma advocacia que ultrapasse as fronteiras do preconceito. Sou bacharel, recém graduada, pois me formei no final de 2018. Mas não é sobre mim este artigo, mas por todos os bacharéis, estagiários, advogados que estão encontrando barreira cada vez mais intransponíveis para ingressar no mundo jurídico. A faculdade nos dá o conceito jurídico, mas somente através da prática é que temos a verdadeira oportunidade de aprender sobre a carreira que escolhemos.
Não é admissível que em um mundo onde os avanços acontecem por milésimos de segundo, nossa advocacia se mostre tão arcaica e que se permita ainda excluir pessoas.
Ainda há vagas de estágio, assistente jurídico, advogados com  a exigência de faculdade FMU, Mackenzie, USP, PUC, FGV, como se todos que decidissem seguir a carreira tivessem a obrigação de ter condições de somente estudar nestas Universidades. Vemos vagas que exigem foto como se o candidato modelo fosse ou com a obrigação de saber o inglês fluente. Sejamos sinceros, nem todos tiveram o privilégio de aprender o inglês e não vemos por parte do contratante qualquer interesse em capacitar ou sequer pensar em capacitação do funcionário, em agir de forma inclusiva. Da mesma forma que não vejo e OAB se manifestar de forma firme e enérgica contra tal situação. Acompanho a instituição por anos, leio matérias no site, busco informações no Conselho Federal, afinal, preciso me informar e estar a par do que ocorre, na profissão que decidi abraçar.
É muito triste saber que há vagas, mas não há por parte da OAB um canal que nos defenda, um canal que fiscalize tais práticas. Muitos de nós não consegue sequer se inscrever como estagiário por não ter como pagar os emolumentos pertinentes e é aí onde tudo consegue piorar, afinal, exigem de nós a inscrição como estagiários para a vaga, além da experiência anterior e o já mencionado inglês avançado/fluente.
Se o aluno que muitas vezes é bolsista, tem crédito estudantil e até família, parcamente consegue sobreviver, como é que irá conseguir fundos o suficiente para a inscrição de estagiário? E como é que irá se adquirir a bendita experiência se todas as portas estão fechadas?
O que a Ordem dos Advogados do Brasil tem feito? Quais medidas tem tomado com o real interesse em coibir tais práticas que são tão abusivas que saltam aos olhos?
A primeira coisa que me ensinaram em meu primeiro dia de aula é que o advogado defende um direito, seja ele qual for. Mas quem está defendendo o meu direito de ser advogada (o)? Quem está defendendo o meu direito de ser estagiária (o), assistente jurídico? Quem está me defendendo de escritórios que só contrata pela cor da pele, pelo tipo de cabelo? Quem me defende por não me enquadrar no padrão de beleza do escritório? Afinal, tenho 42 anos, sou parda, obesa, não falo o inglês fluentemente, estou fora do mercado desde 2015, como é então que encontrarei apoio para conseguir me Inscrever como estagiária se parcamente consigo pagar um aluguel? Onde está a Ordem dos Advogados do Brasil diante dessa situação. O conhecimento não se mede apenas por faculdade X ou Y, mas por quanto a pessoa se debruçou sobre os livros e buscou o conhecimento, pelo dias que abdicou de estar em família e com a família para estudar, a noites de sono perdidas para estudar aquela matéria de direito administrativo, constitucional ou qualquer outra matéria, pois o sonho era justamente entrar em um escritório e aprender de forma prática aquilo que os livros traziam, afinal, formos ensinados a pensar como Damásio de Jesus, Fábio Ulhoa Coelho, Gladston Mamede, Júlio Fabbrini Mirabete, Miguel Reale, Pedro Lenza, Guilherme Nucci, entre outros grandes mestres. Somos ensinados a pensar porém não somos ensinados a praticar, não somos ensinados a questionar tais práticas abusivas e aqueles que ousam parecem carregar a " marca", pois não conseguem oportunidade na área.
Até quando teremos que viver sob a égide do preconceito? Da exclusão? Será essa advocacia arcaica que termos que levar para um futuro mais vibrante e atuante?
Quem disse que não há mercantilização do direito? Há e está claro e evidente com todos esses requisitos absurdos exigidos escritórios.
Temos que levantar a nossa voz, nos unir em prol de melhorias na advocacia. Não podemos nos esconder, fechar nossos olhos a tudo o que vem ocorrendo. Temos que parar de nos lamentar e agir.
São estas as minhas considerações sobre o assunto.